tecnologia
um passo rumo à zootecnia de precisão
Leitores portáteis RFID
Análise comparativa
Tal como referido anteriormente a Comissão Europeia publicou a Decisão 968/2006 alterada pela Decisão 280/2010 para orientar nos procedimentos a ter em consideração pelas autoridades competentes no que respeita a identificadores e leitores.
No que respeita a leitores, as alterações introduzidas pela Decisão 280/2010 representam um recuo na protecção do utilizador final, comparativamente ao que estava consagrado na Decisão 968/2006, na medida em que:
Dispensa a autoridade competente, no nosso caso a Direcção Geral de Veterinária (DGV), da obrigatoriedade de aprovação dos leitores a introduzir no mercado nacional, para simplesmente passar a;
Impor, se assim o entender, critérios específicos de desempenho aos leitores utilizados numa exploração específica ou num tipo específico de explorações.
Dito de outra maneira, os interesses das marcas e seus representantes passaram a, eventualmente, sobrepor-se aos interesses do Estado e dos utilizadores finais.
Assim, considerando que em Portugal o tipo de identificador eleito pela DGV para normalmente identificar ovinos e caprinos é o bolo reticular e que a distância mínima de leitura é de 20 cm para leitores portáteis, cremos ser, também no mínimo de bom senso, que a autoridade competente proíba a venda de leitores com características de desempenho inferior aos referidos na legislação, para este tipo de utilização.
Consideramos ainda desejável que a tutela assuma impor critérios específicos de desempenho aos leitores a introduzir em Portugal, de forma a garantir que a sua utilização sempre possibilite a capacidade de leitura dos identificadores colocados, hoje em ovinos e caprinos, mas amanhã em bovinos, nas condições reais de utilização das nossas explorações.
Dito ainda, mais uma vez, de outra maneira, precisamos que os leitores portáteis tenham capacidade de leitura mínima de 30 cm, para FDX ou HDX, caso contrário o risco de dúvidas se o animal afinal está ou não identificado pode levar à ocorrência de eventuais duplas identificações, representando o descrédito deste tipo de identificação.

O leitor a eleger depende do tipo de utilização que se quer fazer com ele, motivo pelo qual importa perceber as diferenças entre “leitores inteligentes“ e “leitores estúpidos“.
Esses termos não são precisos, mas muitas pessoas usam "leitor inteligente" para descrever aquele que tem a capacidade não apenas para executar diferentes protocolos, mas também para filtrar os dados de leitura e até mesmo executar aplicações de gestão específica de dados.
Essencialmente, é um computador que tem capacidade de comunicação RFID com os identificadores.
Um "leitor estúpido", pelo contrário, é um dispositivo simples de RIFD, que pode apenas ler o identificador. Este tipo de leitor geralmente tem muito pouco poder de computação, por isso só pode armazenar dados de identificadores lidos, eventualmente criar grupos e pouco mais.
Determinar a aptidão de um leitor para uma utilização individual específica é um assunto para avaliação e discussão entre o fornecedor e o cliente.
Partindo do principio que o tipo mais representativo de "leitor estúpido" é o leitor tipo “bastão”, na nossa Lista de Leitores RFID, divulgada nas Notícias de 25 de Janeiro de 2011, são apresentados modelos de várias marcas, alguns dos quais são utilizáveis através do nosso RFID Integrator, pelo que no quadro e gráfico seguintes se podem comparar algumas das suas características, sem no entanto se dever dispensar a consulta dos folhetos e manuais, ou melhor ainda a testagem específica a campo.
Agrident AWR 200 Folheto - Manual do utilizador
Allflex RS320 Folheto - Manual do utilizador
Destron DTR4 Folheto - Manual do utilizador
Gallagher HR3 Folheto - Manual do utilizador

Todos os fabricantes/representantes de equipamentos RFID que estiverem interessados em participar nesta divulgação estão convidados a apresentarem-nos os seus produtos de forma a serem considerados e eventualmente integrados.
Segunda-feira, 14 de Março de 2011